Olá, tudo bem?
Hoje vamos ver um pouco mais sobre a história dos patins. Como surgiu esse equipamento que não serve apenas para a prática de esportes, mas também para locomoção em ambientes gelados?
Os sinais mais antigos de um patins datam de 3000 A.C., com a descoberta de um antigo patins feito de ossos de animais em um lago no norte da Europa. O objetivo desses primeiros equipamentos era facilitar a locomoção nos ambientes gelados, melhorando a fuga e a caça. Esses primeiros patins não tinham um fio, como conhecemos hoje, e a locomoção era auxiliada por um bastão, que dava o impulso inicial. Com o tempo, a madeira também passou a ser utilizada para deslizar no gelo.
Em 1250, os holandeses substituíram o osso ou a madeira pelo ferro, permitindo que o impulso inicial pudesse ser dado pelos próprios patins em vez do bastão. Era um patins bem mais parecido com o que temos hoje.
Até o século XVII, os patins ainda eram usados principalmente para o transporte. Curiosamente, chegaram inclusive a fazer parte de uma guerra. Durante a batalha de Ijsselmeer, os holandeses se utilizaram da mobilidade dos patins para surpreender os espanhóis.
Mas tudo começou a mudar com a viagem do rei inglês Carlos II, que se interessou pelos patins e os levou para a Inglaterra. Lá ganhou força o uso dos patins para diversão. Os patinadores gostavam especialmente de desenhar figuras no gelo para se entreter. Em 1742, surgiu o primeiro clube de patinação, em Edimburgo, Escócia. Em 1830, um clube específico de patinação artística abriu em Londres.
Em 1772, Robert Jones escreveu o livro A Treatise on Skating, o mais antigo livro conhecido sobre patinação. Lá se faz uma distinção entre patinação artística e patinação de velocidade.
Em 1848, E. V. Bushnell desenvolveu patins com a lâmina presa diretamente na bota, em vez da plataforma entre os dois. Isso permitia que o patinador mudasse de direção sem perder as lâminas.
O próximo passo da evolução veio do desenvolvimento das lâminas de aço. O americano Jackson Haines as desenvolveu em 1865. Mais tarde, ele desenvolveu o toe pick. A partir daí já era possível realizar os saltos, spins e outros elementos que vemos hoje.
Até aqui a patinação dependia do congelamento natural. O fato de termos uma pequena era do gelo durante o século XIX ajudou. O primeiro rink artificial, chamado Glaciarium foi construído na Inglaterra, em 1876. Apesar de bonito, ele tinha um grande defeito: o cheiro ruim, graças à mistura de substâncias usadas para fabricar o gelo, como gordura de porco e sal.
Por fim, temos a inovação trazida por John E. Strauss, um imigrante alemão que se fixou nos EUA. Em 1914, Strauss criou um patins mais leve e mais forte, graças às suas habilidades e técnicas em trabalhar o aço adquiridas durante o trabalho em um arsenal na cidade italiana de Nápoles.
Patins de velocidade de Strauss
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Os patins continuaram se desenvolvendo e hoje temos uma grande variedade de botas e lâminas, cada vez mais leves, confortáveis e resistentes.
Até mais!
Fontes:
http://www.mnopedia.org/multimedia/john-e-strauss-sr-inside-strauss-skate-shop
https://ice.riedellskates.com/2012/evolution-of-ice-skating
https://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1573590/Scandinavians-invented-ice-skating-in-3000-BC.html
https://www.sciencefriday.com/articles/history-ice-skates/
https://www.thoughtco.com/history-of-ice-skates-1991654
https://www.washingtonpost.com/news/capital-weather-gang/wp/2016/01/13/cold-winters-fueled-the-ice-skating-boom-of-the-19th-and-early-20th-centuries-photos-and-prints/?noredirect=on&utm_term=.3363f2958ef1
https://www.smithsonianmag.com/smart-news/first-artificial-skating-rinks-looked-pretty-smelled-terrible-180963486/
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