Olá, tudo bem?
A Netflix produziu uma nova série sobre patinação artística no gelo chamada Spinning Out. A série é sobre uma patinadora que tem que enfrentar uma série de problemas e traumas para salvar a sua carreira, mudando do individual para pares.
A série mostra até bastante da rotina dos patinadores, mas trata de diversos outros temas, como transtornos psicológicos, conflitos familiares, anorexia, pedofilia, etc.
Sobre a parte de patinação, a série começa bem estranha, com acidentes e
lesões bem bizarros, tipo vários casos de lâminas machucando
patinadores. Embora exista realmente casos de lesões sérias causadas por
lâmina (o caso de Jessica Dube, por exemplo), são muito mais comum as
lesões menos espetaculares, como problemas nas costas, joelhos e pé (já leram nosso post sobre lesões?). A
própria lesão da protagonista foi tratada de um modo um tanto estranho.
Um patinador sabe como cair e dificilmente iria ao chão daquela maneira.
Pior ainda foi culpar a mudança de última hora do programa. Elementos
mais difíceis trazem maior chance de queda, mas duvido que algum
patinador profissional culparia uma mudança dessas por um acidente tão
grave, que poderia acontecer em qualquer salto. O risco faz parte da
patinação e estar no limite faz parte de ser um atleta profissional.
A parte da patinação em si me deixou dividido. Inicialmente, achei que as cenas não estavam muito boas. Mas para o final da série achei que melhorou bastante. Não sei se foi falta de tempo ou orçamento, o que levou a equipe a concentrar as melhores cenas nos momentos mais importantes.
Sobre a parte dramática, há pontos altos e baixos. Achei bem interessante ver o comportamento de personagens bipolares. Não tenho conhecimento o suficiente da doença para saber se foi um retrato fiel. Mas no mínimo deu para entender a necessidade do acompanhamento médico e do apoio de amigos e familiares para lidar com o problema. Como não conhecia muito sobre esse quadro, achei bem legal ver o destaque que deram.
Acho
que um ponto negativo da série foi exatamente ter tentado abordar
coisas demais. Por exemplo, a série aborda questões sobre racismo em
determinado ponto e fica a impressão de que foi feito meio às pressas só
por falar. Como se tudo ficasse ignorado e abrisse uma janela no
roteiro em que eles encaixaram determinada situação, do jeito mais
burocrático possível. Em vez de abraçar o mundo, a série faria melhor em
trabalhar menos coisas e dar um destaque melhor a elas.
Na verdade, talvez o maior problema para mim seja que é bem difícil gostar dos personagens. As pessoas tem defeitos, é verdade. Mas acho que vão longe demais e é bem difícil ver algum personagem com quem você realmente se importe. Pessoalmente, tendo a não gostar tanto de programas que dão um foco exagerado no que as pessoas tem de ruim. Esse é o caso aqui.
Um bônus positivo foi a participação do patinador Johnny Weir. Foi interessante ver um patinador atuando e acho que ele se saiu muito bem no papel do Gabe!
Em resumo, é uma série com alguns pontos interessantes e outros nem tanto. Talvez se não fosse pela patinação, eu nem teria terminado, pois é bem mediana. Mas o fato de mostrar bastante o esporte é um grande atrativo. Para quem gosta, vale a pena dar uma chance.
Infelizmente parece que a serie foi cancelada pela Netflix.
Vocês já assistiram? O que acharam? Contem pra gente nos comentários.
Boa semana!
Eu normalmente termino séries com essa quantidade de episódio em 1 dia. Mas essa série foi tão estressante de assistir, eu achei tão cansativa q demorei uns 5 dias.. mas apesar da raiva, eu gostei. Eu achei a técnica, Dasha, a melhor personagem.
ResponderExcluirConcordo totalmente! A gente também demorou cerca de uma semana para terminar. Ficamos alternando com outras séries. Eu gostei também e queria que tivesse segunda temporada. Eu gostei da Dasha e da madrasta do Justin.
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