Olá, tudo bem?
Começamos com os Nacionais. Esses eventos não são de responsabilidade da ISU, mas das federações de cada país. As regras podem variar conforme o país. Geralmente há competições regionais prévias para classificar os atletas para o evento em si, mas os principais nomes não costumam participar dessas etapas classificatórias. Além das categorias do sênior, há competições de júnior, novice e outras categorias. Esses eventos são muito importantes para a definição dos times de cada país. Para o atleta, ser escolhido para o time significa a possibilidade de participar dos principais eventos internacionais, como os Jogos Olímpicos, Mundial, Europeu e Campeonato dos Quatro Continentes.
É importante lembrar que a escolha do time nacional não necessariamente vai seguir a ordem do Nacional. Alguns países usam outros critérios para montar a equipe, como o desempenho no Grand Prix. É difícil que alguém que chegue na final do Grand Prix perca o lugar no time por causa de um mau desempenho no Nacional, a não ser que muitos atletas do mesmo país cheguem a final.
Em geral, os nacionais acontecem após o Grand Prix e antes do Europeu e do Campeonato dos Quatro Continentes.
Em geral, os nacionais acontecem após o Grand Prix e antes do Europeu e do Campeonato dos Quatro Continentes.
Campeonato Europeu
O Campeonato Europeu acontece entre o Grand Prix e o Mundial e envolve patinadores de toda a Europa, inclusive de Israel e Turquia. O número de vagas por país é escolhido com base nas colocações antigas no mesmo campeonato. Dependendo da performance anterior, as nações recebem 3, 2 ou 1 vaga. Ou seja, mesmo que um país tenha muitos atletas bons, no máximo poderá enviar 3 por categoria, abrindo espaço para patinadores de nível menor que defendem outros países. Há também um índice técnico mínimo para o atleta entrar no evento. Os países enviam os atletas classificados em seus times, podendo usar substitutos caso os patinadores do time não queiram ou não possam participar do evento.
O Campeonato dos Quatro Continentes funciona de forma semelhante ao Europeu, com a diferença de que participam atletas de todos os outros continentes que não sejam a Europa. Daí o nome "quatro continentes", que se refere a América, África, Ásia e Oceania.
O Mundial acontece após o Europeu e o Campeonato dos Quatro Continentes e envolve os atletas de todo o mundo. A distribuição de vagas por países funciona da mesma forma que esses outros campeonatos. Temos também os índices técnicos mínimos que devem ser atingido pelos atletas. Novamente vemos a importância do time nacional, que define os atletas que participarão desse evento. Esse é considerado o principal torneio de um ano que não tem Olimpíadas.
O Grand Prix tem 6 etapas: NHK Trophy (Japão), Rostelecom Cup (Rússia), Cup of China (China), Skate América (EUA), Skate Canadá (Canadá) e Trophé de France (França). Geralmente, os patinadores participam de 2 eventos, mas há casos em que competem em apenas 1. Os lugares em que eles terminam a competição valem um determinado número de pontos (exemplo: 1º lugar 15, 2º 13). Soma-se os pontos dos dois eventos que o patinador participa. Os 6 melhores colocados após a disputa dos 6 eventos se classificam para a final. Caso um patinador participe de apenas uma etapa, ele ficará apenas com os pontos dela e é praticamente certo que não se classificará para a final.
Ao contrário dos outros eventos, as federações podem enviar mais do que 3 patinadores para disputar as etapas, com o limite de 3 para a mesma etapa. Por causa disso, ele acaba sendo a porta de entrada para nomes novos ou de segundo escalão de países com times muito fortes, como Rússia e Japão.
Também é importante lembrar que na final do Grand Prix competem sempre os 6 melhores, não importando que tenham mais de 3 patinadores de um país. Isso aconteceu recentemente na categoria feminina, em que tivemos 4 russas se apresentando na final de 2016/2017.
Finalmente, temos as Olimpíadas, a qual já demos maiores detalhes neste post. A regra é parecida com o Mundial: temos as vagas por país e índices mínimos. Na etapa de repescagem (Nebelhorn Trophy, em setembro) só serão decididas vagas únicas para cada país, já que todos os times que conquistaram 2 ou 3 vagas já as receberam no Mundial. No caso da Isadora, por exemplo, o que realmente está em disputa é uma vaga para o time do Brasil, que será composto de uma atleta. Como ela é a melhor atleta, acaba que a vaga já vai ser dela de qualquer forma. Imagino que seja esse o caso da maioria dos outros países que não se classificaram.
Por hoje ficamos por aqui.
Até mais!
Campeonato dos Quatro Continentes
O Campeonato dos Quatro Continentes funciona de forma semelhante ao Europeu, com a diferença de que participam atletas de todos os outros continentes que não sejam a Europa. Daí o nome "quatro continentes", que se refere a América, África, Ásia e Oceania.
Mundial
O Mundial acontece após o Europeu e o Campeonato dos Quatro Continentes e envolve os atletas de todo o mundo. A distribuição de vagas por países funciona da mesma forma que esses outros campeonatos. Temos também os índices técnicos mínimos que devem ser atingido pelos atletas. Novamente vemos a importância do time nacional, que define os atletas que participarão desse evento. Esse é considerado o principal torneio de um ano que não tem Olimpíadas.
Grand Prix
O Grand Prix tem 6 etapas: NHK Trophy (Japão), Rostelecom Cup (Rússia), Cup of China (China), Skate América (EUA), Skate Canadá (Canadá) e Trophé de France (França). Geralmente, os patinadores participam de 2 eventos, mas há casos em que competem em apenas 1. Os lugares em que eles terminam a competição valem um determinado número de pontos (exemplo: 1º lugar 15, 2º 13). Soma-se os pontos dos dois eventos que o patinador participa. Os 6 melhores colocados após a disputa dos 6 eventos se classificam para a final. Caso um patinador participe de apenas uma etapa, ele ficará apenas com os pontos dela e é praticamente certo que não se classificará para a final.
Ao contrário dos outros eventos, as federações podem enviar mais do que 3 patinadores para disputar as etapas, com o limite de 3 para a mesma etapa. Por causa disso, ele acaba sendo a porta de entrada para nomes novos ou de segundo escalão de países com times muito fortes, como Rússia e Japão.
Também é importante lembrar que na final do Grand Prix competem sempre os 6 melhores, não importando que tenham mais de 3 patinadores de um país. Isso aconteceu recentemente na categoria feminina, em que tivemos 4 russas se apresentando na final de 2016/2017.
Olimpíadas
Finalmente, temos as Olimpíadas, a qual já demos maiores detalhes neste post. A regra é parecida com o Mundial: temos as vagas por país e índices mínimos. Na etapa de repescagem (Nebelhorn Trophy, em setembro) só serão decididas vagas únicas para cada país, já que todos os times que conquistaram 2 ou 3 vagas já as receberam no Mundial. No caso da Isadora, por exemplo, o que realmente está em disputa é uma vaga para o time do Brasil, que será composto de uma atleta. Como ela é a melhor atleta, acaba que a vaga já vai ser dela de qualquer forma. Imagino que seja esse o caso da maioria dos outros países que não se classificaram.
Por hoje ficamos por aqui.
Até mais!
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