Como funcionam as principais competições

domingo, 6 de agosto de 2017

Olá, tudo bem?

Hoje vamos falar um pouco sobre o funcionamento das principais competições.

Fonte

Nacionais



Começamos com os Nacionais. Esses eventos não são de responsabilidade da ISU, mas das federações de cada país. As regras podem variar conforme o país. Geralmente há competições regionais prévias para classificar os atletas para o evento em si, mas os principais nomes não costumam participar dessas etapas classificatórias. Além das categorias do sênior, há competições de júnior, novice e outras categorias. Esses eventos são muito importantes para a definição dos times de cada país. Para o atleta, ser escolhido para o time significa a possibilidade de participar dos principais eventos internacionais, como os Jogos Olímpicos, Mundial, Europeu e Campeonato dos Quatro Continentes.

É importante lembrar que a escolha do time nacional não necessariamente vai seguir a ordem do Nacional. Alguns países usam outros critérios para montar a equipe, como o desempenho no Grand Prix. É difícil que alguém que chegue na final do Grand Prix perca o lugar no time por causa de um mau  desempenho no Nacional, a não ser que muitos atletas do mesmo país cheguem a final.

Em geral, os nacionais acontecem após o Grand Prix e antes do Europeu e do Campeonato dos Quatro Continentes.

Campeonato Europeu


O Campeonato Europeu acontece entre o Grand Prix e o Mundial e envolve patinadores de toda a Europa, inclusive de Israel e Turquia. O número de vagas por país é escolhido com base nas colocações antigas no mesmo campeonato. Dependendo da performance anterior, as nações recebem 3, 2 ou 1 vaga. Ou seja, mesmo que um país tenha muitos atletas bons, no máximo poderá enviar 3 por categoria, abrindo espaço para patinadores de nível menor que defendem outros países. Há também um índice técnico mínimo para o atleta entrar no evento. Os países enviam os atletas classificados em seus times, podendo usar substitutos caso os patinadores do time não queiram ou não possam participar do evento.

Campeonato dos Quatro Continentes


O Campeonato dos Quatro Continentes funciona de forma semelhante ao Europeu, com a diferença de que participam atletas de todos os outros continentes que não sejam a Europa. Daí o nome "quatro continentes", que se refere a América, África, Ásia e Oceania.

Mundial


O Mundial acontece após o  Europeu e o Campeonato dos Quatro Continentes e envolve os atletas de todo o mundo. A distribuição de vagas por países funciona da mesma forma que esses outros campeonatos. Temos também os índices técnicos mínimos que devem ser atingido pelos atletas. Novamente vemos a importância do time nacional, que define os atletas que participarão desse evento. Esse é considerado o principal torneio de um ano que não tem Olimpíadas.

Grand Prix


O Grand Prix tem 6 etapas: NHK Trophy (Japão), Rostelecom Cup (Rússia), Cup of China (China), Skate América (EUA), Skate Canadá (Canadá) e Trophé de France (França). Geralmente, os patinadores participam de 2 eventos, mas há casos em que competem em apenas 1. Os lugares em que eles terminam a competição valem um determinado número de pontos (exemplo: 1º lugar 15, 2º 13). Soma-se os pontos dos dois eventos que o patinador participa. Os 6 melhores colocados após a disputa dos 6 eventos se classificam para a final. Caso um patinador participe de apenas uma etapa, ele ficará apenas com os pontos dela e é praticamente certo que não se classificará para a final.

Ao contrário dos outros eventos, as federações podem enviar mais do que 3 patinadores para disputar as etapas, com o limite de 3 para a mesma etapa. Por causa disso, ele acaba sendo a porta de entrada para nomes novos ou de segundo escalão de países com times muito fortes, como Rússia e Japão.

Também é importante lembrar que na final do Grand Prix competem sempre os 6 melhores, não importando que tenham mais de 3 patinadores de um país. Isso aconteceu recentemente na categoria feminina, em que tivemos 4 russas se apresentando na final de 2016/2017.

Olimpíadas


Finalmente, temos as Olimpíadas, a qual já demos maiores detalhes neste post. A regra é parecida com o Mundial: temos as vagas por país e índices mínimos. Na etapa de repescagem (Nebelhorn Trophy, em setembro) só serão decididas vagas únicas para cada país, já que todos os times que conquistaram 2 ou 3 vagas já as receberam no Mundial. No caso da Isadora, por exemplo, o que realmente está em disputa é uma vaga para o time do Brasil, que será composto de uma atleta. Como ela é a melhor atleta, acaba que a vaga já vai ser dela de qualquer forma. Imagino que seja esse o caso da maioria dos outros países que não se classificaram.

Por hoje ficamos por aqui.

Até mais!



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